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Trair a obviedade da canção pop. É o que o Dmor parece procurar em seu segundo disco, "Humanic". E a aventura acaba sendo bastante interessante aos ouvidos. Fato é que a música popular sempre utilizou a fórmula verso-refrão na sua estrutura, utilizando o antagonismo dos dois elementos como molde para o todo. No entanto, a banda belo-horizontina liderada pelo baixista/vocalista Edson leva essa diferenciação às últimas conseqüências, de forma que você nunca sabe o que esperar durante as músicas. "Day of Heat", por exemplo, começa com guitarra wah-wah e toda uma levada suingada para cair em um refrão legitimamente punk '77. E assim, o Dmor vai flertando com o hard rock ("The Game"), valsa ("Undertaker"), música atonal ("The Dog and the Mirror") e mesmo a bossa-nova ("Technology"), embalado por um vocal cuspido que lembra por vezes Lux Interior (The Cramps) e Mark E. Smith (The Fall). O ponto alto do trabalho é a terceira faixa, "Bedtime", que começa em um híbrido sonoro de Sonic Youth e surf music para cair em um refrão pop, quase balada. Se a procura é por um som de pegada noventista e altamente experimental, Dmor é uma boa pedida. Para escutar o trabalho da banda, acesse o Myspace da banda. |
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