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Há discos que se tornam melhores com o tempo, ou que precisam dele para que sejam mais bem degustados. Esse parece ser o caso de “Florais”, primeiro álbum autoral da Junkbox. Lançado em 2004, o trabalho compila dez canções densas, inspiradas nas fraquezas e dores humanas em busca de redenção, e mantém sua força após quase cinco anos. A sonoridade é rica e centrada em efeitos e detalhes de execução, com o baixo de Rafael Dinamarque, a bateria de Jotta e a guitarra do ex-membro Duda Fonseca arquitetando uma estrutura caleidoscópica sob a potente voz de Malu Aires, que ainda toca guitarra, piano e gaita no disco. A vocalista/principal compositora, junto à banda, desenvolve a estrutura das canções de forma experimental e etérea, abrindo mão de refrães na maior parte do tempo. No entanto, quando eles existem, são explosivos, como os de “Oração à Piedade” e “Retrato Perfeito”. Em “Florais”, os extremos dão as mãos e convivem em paz: canções instrumentais, power-ballads não-ortodoxas, punk pop, jazz, rock progressivo, pós-punk, peças musicais de três a dez minutos. Os elementos, quando juntos, formam um resultado surpreendentemente coeso e significativo. Quando apresentado ao vivo, o trabalho ainda adquire características totalmente diferentes, o que demonstra a força das canções e a pluralidade do grupo. Para ouvir as canções em streaming ou baixá-las, acesse a página da banda no TramaVirtual.. Para comprar, acesse os sites do selo Sonhos e Sons ou A Música Que Vem de Minas. |
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